<h4>História</h4>Com mais de setecentos anos de existência enquanto cidade (fundada em 1289 por D. Dinis), crê-se que Vila Real já teria sido habitada desde o período do paleolítico e que tal se manteve até ao período do império romano. Após as invasões bárbaras e muçulmanas, notou-se um enorme decréscimo no povoamento desta cidade. Estas teorias são suportadas pelos testemunhos arquitetónicos e culturais, que remetem a diversas épocas históricas e que se conservam até aos dias de hoje, desde os romanos aos árabes, entre outros povos.Mas, é a partir da Idade Média que os vestígios se tornam mais evidentes, salientando-se os movimentos de estilo românico, gótico, manuelino e barroco, espalhados pelas 20 freguesias do Concelho.No séc. XIX, já devidamente repovoada, a cidade ganhou o estatuto de capita de distrito e no séc. XX o de capital da província de Trás-os-Montes e Alto Douro.  <h4>População</h4>Em 2018, os números oficiais apresentados em relatório pela Fundação Manuel dos Santos, estimavam cerca de 49.910 habitantes, sendo que por cada 100 habitantes, há 13 jovens com menos de 15 anos, 67 adultos e 20 idosos com 65 ou mais anos. Estes números indicavam também que o número de residentes estrangeiros na cidade rondava os 17 por cada 1000 habitantes. Estes dados populacionais correspondem ao território total da cidade, que se estende por cerca de 378,8 quilómetros quadrados. De notar que este relatório avaliou dados entre 2010 e 2018. <h4>Cultura</h4>Vila Real é uma cidade que possui uma herança cultural muito rica e que oferece aos seus residentes e visitantes diversas opções de escolha que vão de encontro aos mais variados gostos e interesses. Abaixo listamos alguns dos pontos culturais de maior relevo na cidade. <h5>Santuário Rupestre de Panóias</h5>Este santuário, mandado construir pelo senador romano Caius Calpurnius Rufinus, entre os sécs. II e III, é constituído por três fragas com escadas de acesso e cavidades talhadas, assim como inscrições gravadas numa das rochas. Monumento dedicado a Serápis, deus dos infernos ou dos Deuses "Severos", foi utilizado para a prática de rituais. <h5>Palácio de Mateus</h5>Mandado construir na primeira metade do séc. XVIII, a conclusão da obra deu-se em 1750 e é administrada pela família Sousa Botelho desde então. O palácio foi desenhado em estilo barroco pelo arquiteto italiano Nicolau Nasoni e é considerado um dos monumentos mais representativos deste estilo no norte de Portugal. É constituído pela casa principal (que alberga uma biblioteca com 6000 volumes – especial destaque para a edição ilustrada de Os Lusíadas, de 1816), jardins, uma adega e uma capela. <h5>Capela Nova</h5>Também conhecida como Igreja de São Paulo ou Igreja dos Clérigos, foi projetada por Nicolau Nasoni é caracterizada pelo seu estilo barroco (à semelhança do Palácio de Mateus). Não se sabe ao certo quando terá sido concluída a sua construção (existem discordância em relação ao ano), mas sabe-se que se iniciou em 1639. <h5>Igreja de São Domingos (Sé de Vila Real)</h5>Construída no séc. XV, a Sé de Vila Real é considerada o melhor exemplo de arquitetura gótica em toda a região de Trás-os-Montes. Com origem dominicana, foi fundada por monges vimaranenses em terrenos doados por D. João I. Sofre uma reformulação no séc. XVI para que fosse construída a capela-mor e a torre sineira. <h5>Casa de Diogo Cão</h5>Casa onde nasceu o famoso navegador português, responsável por chegar à foz do Zaire e por estabelecer as primeiras relações com o Reino do Congo. Sabe-se que a casa foi construída na segunda metade do séc. XV, na freguesia de São Dinis. O seu aspeto atual é diferente do original, já que sofreu várias remodelações e restauros ao longo dos séculos. <h5>Capela de São Brás</h5>Declarada Monumento Nacional em 1910, a capela de São Brás distingue-se por albergar vários túmulos, sendo que (conta a lenda) um deles pertence a Lourenço Viegas, filho de Egas Moniz. O túmulo mais importante que se encontra no seu interior é o de João Teixeira de Macedo, conselheiro real de D. Afonso V. <h5>Pelourinho</h5>Edificado originalmente em 1515, já teve a sua localização alterada por duas vezes: a sua localização original foi na Rua da Praça (atualmente denominada Praça do Pelourinho), passando depois pelo largo em frente aos Paços do Concelho e posteriormente regressando ao Largo do Pelourinho, onde se encontra até à data. O exemplar que atualmente existe é uma cópia do pelourinho original, visto este ter sido destruído. Esta réplica é composta por uma coluna octogonal (a original), uma base feita por 4 degraus e um fuste. <h4>Educação</h4>A cidade faz uma aposta forte na educação dos seus residentes e daqueles que se deslocam de fora para frequentar os seus estabelecimentos de ensino. Desde estabelecimentos que lecionam do ensino mais básico até à Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, é possível notar que a cidade faz um enorme esforço para que uma boa educação seja aliada a uma boa industrialização da região.Dados do relatório apresentado pela Fundação Manuel dos Santos indicavam que, em 2018, Vila Real possuía cerca de 8.644 alunos de ensino não superior. <h4>Capital do Desporto Motorizado</h4>Foi em junho de 1931, inserido nas Festas da Cidade, que se iniciaram as provas no Circuito Internacional de Vila Real, pela “mão” de Aureliano Barrigas.Durante diversas épocas, foram muitos os pilotos que se consagraram campeões e ficaram na história deste mítico traçado, que viria a colocar Portugal na lista das provas internacionais mais importantes de automobilismo. <h4>Artesanato</h4>O artesanato é outro marco importante para a Cidade. O barro preto de Bisalhães, é um dos principais produtos, sendo considerado Património da Humanidade pela UNESCO, com destaque para a “Bilha dos Segredos”. <h4>Freguesias</h4>•	Abaças•	Adoufe e Vilarinho de Samardã•	Andrães•	Arroios•	Borbela e Lamas de Olo•	Campeã•	Constantim e Vale de Nogueiras•	Folhadela•	Guiães•	Lordelo•	Mateus•	Mondrões•	Mouçós e Lamares•	Nogueira e Ermida•	Parada de Cunhos•	Pena, Quintã e Vila Cova•	São Tomé do Castelo e Justes•	Torgueda•	Vila Marim•	Vila Real

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Vila Real fica situada junto à confluência dos Rios Corgo e Cabril, rodeada por altas montanhas, onde se destaca a Serra do Marão e a Serra do Alvão, pela sua fisionomia e beleza.Repleta de testemunhos arquitetónicos e culturais, que remetem a diversas épocas históricas e que se conservam até aos dias de hoje, desde os romanos aos árabes, entre outros povos.Mas, é a partir da Idade Média que os vestígios se tornam mais evidentes, salientando-se os movimentos de estilo românico, gótico, manuelino e barroco, espalhados pelas 20 freguesias do Concelho. Destacam-se alguns monumentos como o Santuário Rupestre de Panóias, Casa Diogo Cão, Capela Nova, Pelourinho, Sé e o monumento mais visitado, o Palácio de Mateus.